domingo, 27 de março de 2011

Canard a l'orange


Desde que voltei da França, onde comia pato quase todos os dias, sinto falta as vezes dessa carninha. Como já comentei por aqui, a carne bovina no Reino Unido em geral é cara, tem cortes esquisitos e gosto ruim. Conseguir uma carne boa requer paciência para encontrar um bom fornecedor e coçar seriamente o bolso. Por isso o consumo de carne aqui em casa diminuiu bastante e começamos a variar o menu, incluindo mais peixes, porco, frango e, ocasionalmente, o pato.

Assim como a carne, o bicho também não é barato mas é tão gostoso que vale o esforço. Da primeira vez que compramos, para experimentar trouxemos para casa dois peitos já temperados com diversas pimentas. Aí foi só colocar no forno e ficar de olho para não passar do ponto. Ficou uma delícia e serviu para medir o tempo de forno. Depois disso fiquei animada para fazer meu próprio tempero e escolhi o famoso pato com laranja, que, apesar da fama nunca tinha passado pelo meu prato. Googlei e achei a receita aqui (em inglês, sorry!! – mas tiro dúvidas!) Super simples e muito gostoso. Só servi com batatinhas em vez de espinafre mas fiz o resto igualzinho e garanto que a receita é boa!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Cogumelo com Ricota


Estava fuxicando umas receitas do Jamie Oliver e essa de cogumelos com ricota me encheu os olhos. Como tinha passado no mercado mais cedo e os shitakes que estavam com uma cara ótima, aproveitei também para comprar a ricota já pensando num jantarzinho leve.

Eu, por tradição familiar, nunca fui fã de jantar todos os dias. Lá em casa era um esquema "quem quiser comer esquenta a sobra do almoço no microondas" ou uma pipoca, sanduichinho, salada... sempre muito mais um petisquinho do que uma refeição. Já para meu par a tradição é outra: jantar não pode faltar. Aí eu tenho que rebolar! Por isso sempre procuro algo mais levinho para comer de noite e agradar a todos.  Essa receita serviu direitinho!


Cogumelos assados recheados com ricota

Ingredientes
• 100g de ricota
• raspa de 1 limão
• 1 chilli vermelho fresco sem sementes e picado finamente
• sal e pimenta do reino
• 2 colheres de sopa de oregano fresco picado
• 4 mãos cheias de cogumelos de sua preferência (eu usei shitake mas qualquer um serve, contanto que seja grandinho para poder suportar o recheio)
• azeite extra virgem
• uma mão de rúcula ou a salada de sua preferência


Método
• Preaqueça o forno a 200ºC. Coloque a ricota em um recipiente e junte a raspa de limão, chilli, sal e pimenta do reino. Misture bem com uma colher de pau e depois junte suavemente o orégano picado e o parmesão.

• Remova os caules dos cogumelos e descarte (ou use para fazer um molho para massa), depois jogue os cogumelos em um pouco de azeite, sal e pimenta do reino. Coloque-os de cabeça para baixo num tabuleiro e preencha as cavidades com a mistura de ricota. Polvilhe um pouco de parmesão e leve ao forno para assar até ficar dourado - mais ou menos 15 minutos. Sirva num prato grande com folhas de rúcula temperada ou a folha de sua preferência. (eu salpiquei umas cebolinhas em cima porque adoro!!)


Muito simples, rápida e gostosa. Serve também como entrada em um jantar. E o recheio pode ser reinventado de várias maneiras! Essa é só uma delas.


segunda-feira, 21 de março de 2011

Adivinha o que é?


Em Praga, num restaurante medieval maravilhoso que fomos (estou devendo o post), assim que sentamos o garçom logo trouxe com as nossas bebidas uma cestinha de pão com esse potinho. Pensei: mateiga, claro! Echi a faca e besuntei no pão. Achei a consistência esquisita, assim como o sabor, um tanto diferente... E, além de tudo, pequenas partículas de objetos crocantes não identificados davam uma temperada especial.

Como sempre digo que é bom tem um local por perto, nossa cicerone Ana tratou de contar do que se tratava: banha de porco. Eu, que já tinha comido alguns pãezinhos com a iguaria, confesso ter sentido um nojinho... psicológico, claro, porque o troço até que era gostoso. Sobre o "crocante" não consegui uma explicação mas passei a imaginar que seria a sobre de toda a sorte de bolinhos fritos no panelão de banha. Espero que não! Sentindo o risco de um entupimento arterial iminente deixei a "manteiguinha" de lado e resolvi fotografar. Afinal, não é todo dia que a gente encara um punhado de banha de porco assim de peito aberto!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Amsterdam Parte IV - Mercado

Tem muitas mulheres que gostam de ir ao shopping, ver as vitrines... eu não ligo. Meu barato é ir ao mercado e passear pelas prateleiras prestando atenção em tudo, comparando os produtos... ih, gasto um tempo! Viajando não é diferente, sempre vale a ida ao mercado, uma opção barata para comprar água, chocolate e qualquer outro snack pra carregar na bolsa. E, lógico, além disso dar uma olhada "nas modas" dos mercados alheios.


Aqui em Londres são poucos os mercados que oferecem grandes variedades de queijos e frios no estilo delicatessen, aquele que você escolhe o que quer e o povo corta na hora. Isso é um pouco irritante. Ao contrário daqui, em Amsterdam não podia faltar uma grande seção de queijos, uma grande especialidade Holandesa. Fiquei maluca vendo aquele monte de queijo e pensei: ah, se eu morasse aqui, ia provar um por um! Eu como queijo como quem come chocolate, sou capaz de roer um naco de parmesão sem a menor cerimônia... deveria me considerar "queijólatra"?


Saindo da seção de queijos para a de embutidos, entre salames e presuntos de parma, eis que me deparo com essa mortadela (ou coisa parecida) com a carinha do "Bob o Construtor", um desenho famosinho para crianças. Gente, as pessoas não tem mesmo mais o que inventar, não é!? Deve ser uma boa ajuda pr'aquelas crianças enjoadas para comer! Mas não é fofinho?!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Amsterdam Parte III - McDonald's


Tem gente que vai olhar torto pra esse post por considerar que McDonald's não é comida decente, mas eu confesso com todas as letrinhas que sou super fã da lanchonete do palhaço e não deixo de visitá-lo quando viajo por aí, seja para descobrir um sabor novo ou só para matar a fominha de forma rápida e segura (sim, o padrão McDonald's realmente existe!).

Acho muito interessante o McDonald's ter um sanduíche exclusivo do país, como é o Cheddar McMelt no Brasil, Croque Monsieur na França, Big BBQ na Inglaterra, e por aí vai. Seguindo essa linha, o sanduíche da Holanda é o "Wereldberoemd in Nederland" McKroket, ou "Mundialmente Famoso na Holanda", que eu não deixei de experimentar em prol de uma causa justíssima que é relatar minhas experiências gastronômicas aqui no blog.


Ele é pequeno, equivalente a um cheeseburger em tamanho e consiste num croquete de carne empanado servido com mostarda. Na mordida, o corquete tem o meio bem cremoso (e quente pra chuchu!). Gostei bastante, mas como sou tradicionalista não podia ficar sem um Quarterão com Queijo, meu sanduíche favorito. Descrito em Holandês como "Machtige eenvoud" ou "Simplicidade Poderosa". Concordo!  


terça-feira, 15 de março de 2011

Amsterdam Parte II


Voltando a falar da viagem, que durou só 5 dias mas rendeu muito assunto, me chamou muita atenção a quantidade de lojas de doces em Amsterdam. Não raro, ao dobrar a esquina, dávamos de cara com mega waffles com creme, chocolate, frutas, além de brownie, muffin, tortas, docinhos árabes... Difícil resistir à tantas tentações em um só lugar.

Já que tinha uma loja dessa bem na esquina do nosso hotel, virou o point do café da manhã. Além de doces, guloseimas como pizza, cachorro quente de forno e outros salgados também estampavam a vitrine. Uma coisa que reparei é que quanto maior a concentração de coffee shops, mais lojas de guloseimas na área. Seria mera coincidência?!


Eu que gosto muito de waffle e nozes, tentei essa combinação bombástica da foto. Servido morno, me fez devorá-lo em segundos sem pensar nas milhões de calorias que deveriam estar ali. Delícia! Por mim experimentava um de cada, mas aí ia ser difícil caber na cadeira do avião da Easy Jet na volta pra casa!

domingo, 13 de março de 2011

Filme: Julie & Julia


Ontem finalmente assisiti "Julie & Julia". Não é um filme exatamente antigo mas também já não é novidade no DVD. Não tinha muita expectativa, aliás, como tenho feito recentemente, procurei não me inteirar muito sobre o filme antes de assistir e nem ler a sinopse do DVD. Quando Marcelo me perguntou sobre o que era o filme, respondi: - sei lá, alguma coisa sobre comida. Diante dessa resposta nada melhor do que apertar o play!

O filme, baseado em duas histórias reais, é bastante inspirador. Meryl Streep está um arraso como Julia. Não quero contar muito do filme porque não é legal estragar prazeres, mas o que me fez escrever sobre ele foi, sem dúvida, o Beef Bourguignon de Julia Child, que me deu água na boca.


Já até achei a receita na internet, mas o negócio vai mais além: estou apaixonada pelas panelas francesa"Le Creuset". Inclusive é essa panela usada no filme para fazer o beef. Mas não pensem que isso é paixão recente, não... já estou namorando alguns exemplares desde a viagem para a França, só que agora fiquei estimulada a ter uma. Aqui na Inglaterra uma panela de 26cm de diâmetro, tipo caçarola, sai por mais ou menos 100 libras na Amazon (mais ou menos 300 reais). Já no Brasil, segundo uma amiga, não acha por menos de 700 reais. Haja economia! Por serem de ferro não são leves! É o famoso "vale quanto pesa"! Não dá vontade de ter o conjunto todo?!


Ah, e para quem gosta de ver o trailer antes de assistir o filme, deixei aqui pro finalzinho a versão legendada. Eu gostei muito e até me identifiquei em algumas partes. Recomendo para os que ainda não assistiram! Mas atenção: coma antes porque dá fome!

sábado, 12 de março de 2011

Amsterdam Parte I

Depois de míseras duas noites em Praga, a viagem seguiu para Amsterdam. Para mim a cidade não é uma grande novidade (estive lá ano passado) e devo confessar que também não é exatamente o tipo de lugar que me faz dizer "OH"! O transito é confuso e atravessar a rua é uma aventura, não tem muita diferenciação de calçada e rua e quando você se distrai um pouquinho, pronto, já está no meio de bicicleta, carro, bonde... louco, muito louco!


É lógico que Amsterdam tem seu lado romântico e charmoso com suas lojinhas de flores e sementes, como a da foto, embora não muito comuns no centro. Mas muita gente, assim como eu, imagina uma cidade mais calma, com pessoas passeando de bicicleta, muitas flores em todo lugar, canais lindos... aí decepciona um pouco... Principalmente a parte das bicicletas. As pessoas andam voando nas magrelas, com o dedo nervoso na buzina e ai de você se se meter na frente, vai levar um xingamento de graça! Olha que eu estou acostumada a andar de bicicleta aqui em Londres, mas não teria coragem de alugar uma em Amsterdam, é muita tensão! No mais, alguns canais são bonitos e é possível ver flores meio tímidas em jardineiras durante a primavera.

Já que era a minha segunda vez por lá, tentei manter os olhos atentos mais às comidinhas e menos aos coffee shops e mulheres na vitrine. A conclusão que cheguei é que não se come muito bem por lá. Em primeiro lugar, por ser um lugar turístico demais (pelo menos no centro, onde estávamos) é muito fácil cair numa arapuca de turista, ou seja, pagar muito por pouca comida e/ou de baixa qualidade. Segundo, não é a culinária mais saudável do mundo e tem uma grande oferta de batatas fritas sendo vendidas em muitas lojinhas espalhadas pelo centro. Outra coisa que percebi foi uma grande influência árabe, e a venda de muitos kebabs e também aqueles doces folheados super calóricos.


Para também não falar só mal da comida, encontrei pelo caminho essa banca de frutas super lindas e coloridas. Sinal de que nem tudo está perdido e há vida saudável em Amsterdam, basta encontrar!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Praga - Parte V - Pausa


Viagem com pouco tempo de duração todo mundo sabe como é: acordar cedo, andar pra burro e seguir e aproveitar bem o dia. Só que como ninguém é de ferro as vezes é legal fazer uma pausa, dar uma relaxada num lugar quentinho, fazer um pipi...

Essa pausa foi totalmente despretenciosa, num café até meio escondido, na descida do castelo de Praga. Eu, com meu vício incurável, pedi um vanilla latte, Marcelo foi de Irish coffee pra ajudar a esquentar e dividimos um brownie para repor energia. Além de muito gostosos os cafés vieram "montadinhos", assim como o brownie. O que era para ser uma pausinha boba acabou virando uma boa surpresa!

Não é tudo uma graça!?

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia da Panqueca


Ainda tenho muitas coisas pra contar da viagem, mas, como hoje é 8 de março, vou dar uma mudada no assunto por uma boa causa: o dia da panqueca.

A"Shrove Tuesday" é comemorada um dia antes da quarta feira de cinzas. É comum comer panquecas neste dia porque é justamente o dia que antecede o início do jejum da quaresma. Eu, como não sou muito ligada nestas coisas religiosas, fico com a parte divertida da coisa: além dos restaurantes servirem menus especiais incluindo as panquecas, acontecem "corridas da panqueca" em vários pontos da cidade, onde os participantes tem que correr ao mesmo tempo que jogam suas panquecas pro alto na frigideira,  como nessa foto retirada do site da Time Out da corrida realizada nos jardins do parlamento e com a participação de parlamentares, lordes e membros da imprensa.Complexo!

Hoje como foi um dia cheio acabei não conseguindo ir a nenhuma corrida da panqueca e minha única homenagem ao grande dia foi uma panquequinha de nutella com morango e banana no café da manhã. Mas, de qualquer forma vou deixar aqui no blog uma receita que estou querendo fazer... nunca testei mas acho que deve ser boa (se alguém se aventurar me conta, ok?!) A aparencia é ótima, olha só!


Lá vai a receita:

Ingredientes

  • 2 panquecas (no estilo crepe, mais fininha) prontas (tem receita aqui)
  • banana
Para o crème Anglaise
  • 300 ml leite integral
  • 1 colherinha de extrato de baunilha ou as sementinhas de baunilha natural
  • 3 ovos separados
  • 150 g açúcar
  • 1/2 dose de rum (opcional)
Para as bananas carameladas
  • 25 g manteiga sem sal
  • 2-4 bananas pequenas
  • 25 g açúcar
Para a calda de chocolate
  • 150 g chocolate amargo 70%
  • 100 ml água
  • rum (opcional)
  • 25 g açúcar


Método

1. Preaquecer o forno a 200ºC. Unte um tabuleiro com manteiga.

2. Para fazer o crème Anglaise, aqueça o leite com a baunilha.


3. Bata as gemas do ovo com açúcar e lentamente vá adicionando o leite quente mexendo constantemente. Volte a mistura pra panela e coloque em fogo médio até a mistura estar espessa o suficiente para cobrir as costas de uma colher. Atenção, não deixe ferver! Adicione o rum. 

4. Amasse uma banana. Bata as claras em neve. Para fazer a mistura do soufflé misture 3 partes da clara em neve para uma parte do crème Anglaise. Junte a banana amassada e misture suavemente.  


5. Coloque duas colheres de sopa do soufflé no centro de cada crepe com 3 fatias de banana. dobre ao meio. coloque mais um pouco do soufflé e dobre outra vez. Coloque no tabuleiro untado e leve ao forno pre aquecido por 6-8 minutos ou até que tenha crescido.


6. Enquanto isso faça as bananas carameladas. Aqueça a manteiga numa frigideira, adicione as bananas e salpique açúcar. Cozinhe por mais ou menos 1 minuto para caramelizar e dar cor.

7. Remova as bananas e use a mesma frigideira para fazer a calda de chocolate. Coloque o chocolate picado, água, rum e açúcar. mexa no fogo até obter um molho liso, cremoso e homogêneo.
 


8. Sirva os crepes com as bananas carameladas, calda de chocolate e sorvete de creme.


Vale a pena dar uma olhada no vídeo da receita. É em inglês mas ajuda a tirar algumas dúvidas mesmo para quem não entende muito bem a língua. O link é este aqui, que é do site do canal de TV Good Food e tem receitas ótimas!

ah, sim, e como 8 de março também é o dia internacional da mulher, fica meu grande beijo a todas as mulheres que visitam o blog!


segunda-feira, 7 de março de 2011

Praga - Parte IV - Bebidinha


Uma coisa que me chamou atenção em Praga foi a grande oferta de absinto em bares, lojas e mercados, até um museu/bar do absinto (passei na frente mas não entrei... não deu tempo!). A bebida foi muito popular na França no final do século XIX e início do XX até sua proibição em 1915. É popularmente conhecida por Fada Verde pela sua cor e discutível efeito alucinógeno. Tem uma concentração altíssima de álcool (esse do kit é 70%) e sabor marcante de anis (que eu adoro).


Esse kit vem com uma garrafinha e a colher furada especial para servir o absinto. Além de ser uma lembrança de Praga também vai ser muito útil! Funciona assim: coloca uma dose de absinto no copo, um torrão de açúcar na colher e vai despejando água gelada através do torrão. Ajuda no sabor e também para diluir o tanto de álcool que tem na bebida.


E falando em torrão, no mercado encontrei este açúcar mega fofo em formato de naipes de baralho. Agora, com o kit completo, só falta uma boa oportunidade para degustar o absinto. 

sábado, 5 de março de 2011

Praga - Parte III. Porco na praça


Viajar é fogo, as vezes fica difícil comer coisinhas saudáveis, ainda mais viajando neste esquema meio corrido e com pouco tempo. Missão da manhã: encontrar alguma coisa para comer.
Já nem era tão manhã assim, devia ser por volta de 11:00 e avistamos uma aglomeração na praça do relógio, em volta de uma fumacinha. Onde tem fumaça tem fogo e não deu outra, lá estava o nosso café: uns pedaços de porco sendo defumados num forno à lenha.


A porção era de 200g e vinha com pão, também vendiam linguiças mas o forte era o porquinho. A barraquinha lotada dava a certeza que viria coisa boa. E veio mesmo, o porco estava uma delícia, super saboroso e molhadinho. A linguiça também estava muito boa mas nada especial. Era tanta comida que nem aguentei tudo!


Depois da comilança, hora de voltar a ser turista e passear pela cidade. Não canso de elogiar Praga, que cidade ótima, lúdica! Acho que vou ter que voltar lá! O que ninguém sabia nessa manhã é que neste mesmo dia jantaríamos num restaurante maravilhoso... Dava pra ter economizado um espacinho! Mas isso conto depois!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Praga - Parte II


Continuando a história, depois do desbunde com o apartamento saímos para fazer um reconhecimento da cidade e para comer alguma coisa. Como estávamos bem central e turístico, arranjar um restaurante honesto não era muito tarefa fácil. E como ainda estávamos nos acostumando com os valores em Coroas Tchecas e não tínhamos muita noção de preço ficou bem complicado. Na verdade, para nós que vivemos em Libras a Coroa Tcheca é muito barata. 100Kč = £3,5, uma cerveja custa mais ou menos 30Kč o que equivale a £1... aqui em Londres dificilmente dá para comprar um pint por menos de £3.


Como a fome era grande, entramos em um restaurante que tinha um preço bom e uma decoração bacana. Pedi um "Russian Borsch" de entrada, que é uma sopa à base de beterraba (borsch é beterraba em Eslavo) com vegetais e carne, boazinha... achei uma receita bacana dela aqui. E de prato principal pedi um Goulash Tcheco com dumplings, uma espécie de picadinho carregado na páprica com pão. Como disse, estávamos no risco e realmente o restaurante não era essa coca cola toda, a comida era OK, e só. Tudo meio safadinho... mas valeu a experiência.



Nós, (na foto, da esquerda para a direita, Rafa, Tatu, Luanna e Marcelo) que não recusamos comida jamais, aproveitamos! Depois de comer, hora de pensar nas bebidinhas!


De lá encontramos a Ana (já citada no post anterior, super fofa que nos recebeu MUITO bem) que nos levou para conhecer um pouco das baladas de Praga. Lá, diferente do Reino Unido e do Brasil, é permitido fumar em  bares e restaurantes, e geralmente, acho que por ser muito frio, os bares ficam no subterrâneo... Difícil respirar e as roupas saem de lá um fedor só! Depois de entrar em vários buracos cancerígenos, acabamos sossegando um pouco em uma boate onde tomamos a tradicional bebida tcheca "Becherovka", com 38% de álcool, sabor anis, canela e mais ou menos umas outras 32 ervas, segundo a wikipedia. Virou a bebida da viagem! Com a friaca que estava fazendo, nada mais justo do que esquentar os ossos!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Blog da Cozinha viajando - Praga parte I

Estive nesses últimos 5 dias em Praga e Amsterdam e aproveitei muito! Como tenho algumas coisinhas para postar, vou dividir em partes para não ficar muito chato! Hora de fuçar a cozinha alheia!


Chegamos em Praga à noite  e fomos buscar as chaves do apartamento. Sim, apartamento! Éramos 5 viajando (eu, Marcelo e mais 3 amigos) e estava mais em conta pegar um ap de 3 quartos do que um quarto de hotel. Não esperávamos muito do apartamento e quando chegamos fomos pegos de surpresa: o bicho era enorme, com 3 quartos gigantes e uma cozinha maravilhosa. Todo mundo ficou de queixo caído, afinal pagamos 20 euros por pessoa por noite, preço de um quarto de albergue. E ainda por cima super bem localizado, central até dizer chega, a um pulo da praça do relógio (na foto de cima). Na verdade ficamos do lado destas torrezinhas que aparecem aí no fundo. Olha aqui na foto de baixo a nossa rua, que graça!


Eu queria morar nesse apartamento em Praga. E essa cozinha vermelhinha super combinaria com meus equipamentos... pena que não deu para aproveitar mais a casinha, foram só duas noites! Mas não tenho dúvidas que vai dar para repetir a ida à Praga.



A cidade, aliás, é uma graça, tem uma atmosfera ótima, come-se bem e barato (nos lugares certos), a cerveja custa menos que água, e é altamente morável apesar do Tcheco ser impossível de ler e falar (mas aprende-se com esforço). Felizmente tivemos a excelente companhia da Ana, amiga de Marcelo que já mora em Praga ha 8 anos, é uma fofa, fala tcheco que é uma beleza, que nos levou a muitos lugares bacanas e a um restaurante incrível que vai ganhar depois um post só para ele!
Fiquei apaixonada!